O Reino dos 12 precisa de um novo governante. Vários são os pretendentes e cabe-te a ti chegar ao mais alto lugar, usando para isso o teu orbe azul (dado) que vai manipular de forma a que o seu poder seja incontestado. Mas atenção, porque sozinho não o vais conseguir. Precisarás da ajuda de várias personagens, prontas a ajudar ou, às vezes, nem por isso.
Cada jogador lança um dado de 12 faces. A partir daí, com a ajuda das cartas de personagem que tem em mãos, vai tentar alterar esse valor de forma a torná-lo o mais alto na mesa. As cartas são jogadas por todos de uma forma simultânea, por isso ninguém sabe muito bem o que vai acontecer a cada ronda. Contudo, à medida que o jogo vai progredindo, vai sendo possível calcular as cartas que cada jogador ainda tem em mãos e antever as jogadas, o que torna tudo mais interessante, porque será possível delinear estratégias e usar o bluff para manipular as intenções dos adversários.
As cartas, como já se percebeu, são o mecanismo que faz tudo girar. Todas elas mexem com o resultado dos dados. Dobram os valores, viram-nos ao contrário, subtraem e adicionam valores mais um sem fim de manipulações possíveis. O volte face dá-se num pormenor muito interessante e que transforma toda esta experiência. Os jogadores quando dispõem de valores iguais cancelam-se e ficam de fora. Ou seja, sempre que jogam a mesma carta, têm o mesmo valor no dado (mesmo que seja o maior) ou tenham no final o mesmo número de pontos, não vão ganhar nada. Como os jogadores estão sempre a manipular o resultado uns dos outros, imagine bem as opções maquiavélicas que lhes vão passar pela cabeça.
Apesar da simplicidade, Rei dos 12 guarda em si muitos pormenores deliciosos e que tornam esta experiência muito enriquecedora e divertida. O sistema de cartas jogadas em simultâneo, um certo caos que se espalha pela mesa e uma componente de memória que permite jogar com estratégia, fazem deste jogo uma diversão rápida, frenética e viciante.